SINOPSE
Igor Veiga (PERIGOR) reside em Curitiba–PR. Além de poeta, é professor de Língua Portuguesa e Língua Espanhola. Já participou – desde 2003 – como poeta e consultor de diversas coletâneas, antologias poéticas, exposições, jornais, revistas literárias (Brasil e Portugal), além de projeto literário internacional sobre a valorização da mulher (Portugal e Alemanha) e o combate à violência contra a mulher (Espanha). Em 2018 foi convidado para ocupar a cadeira nº32 como poeta imortal da AVIPAF (Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia).
Atualmente é articulista na Revista Curitiba Suburbana, onde assina a coluna NA MIRA DO PERIGOR, além de contribuir com seus poemas para a coluna de poesia do Jornal do Juvevê.
O livro MANUAL DE (DES)INSTRUÇÕES vem dar sequência ao primeiro livro de Veiga, MUNDO IN VERSO (2017). Ambos foram lançados pelo Instituto Memória.
Para conhecer um pouco mais:
E-mail: perigor.final@gmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/perigorforever
Instagram: perigor_forever
Blog(s): https://perigorforever.blogspot.com/ e https://miradoperigor.blogspot.com/
AVIPAF: http://avipaf.blogspot.com/2018/06/igor-veiga-perigor.html
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Perigor à vista...
No "business" poético, ele executa "dor", através dos seus textos. Como se fosse, uma "máquina de escrever" - via máxima, poesia não se explica, se sente -, com o único sentido que são os "tombos" da vida, ele caminha por essa linha tênue, que transfigura crônica em poema existencialista.
Ele que não escreve "para agradar críticos". Política, religião, beatnik, morte, vida e tudo mais que há nesse mundo meritocrático e no "país do carnaval", se transformam em versos poéticos no olhar artístico e sensível do poeta.
O poeta em "Perigor" sabe, que basta uma "leitura", para ligar a "luz na cabeça" e deixar a "lâmpada do saber acesa".
Monique Nix (Poeta, escritora, produtora cultural, cineasta e empreendedora.)
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Prefácio
MANUAL DE (DES)INSTRUÇÕES é versado a partir de inquietações sobre temas sociais e existenciais que incomodam o eu-lírico do poeta Igor Veiga. Para ilustrar cito fome, alienação, injustiça, ausência de cidadania, o descaso com a vida, entre outros temas que fundamentam cada um de seus poemas.
Na construção deste livro, o poeta utiliza recursos que a linguagem oferece, mostrando maestria e conhecimento em seu fazer poético. Tal afirmação pode ser vista no poema “FEIRA DO POETA”. A parte final deste poema é uma intertextualidade com a Oração de São Francisco, o poeta versa: “onde houver ordem que eu leve a desordem...” seguido de outros versos com a mesma interação. Em “O GOVERNO E OS GOVERNADOS”, o poeta atesta: “Nada mais podem naqueles que se fortalecem”. O verso explicita intertextualidade com a fala do Apóstolo Paulo de Tarso que diz: “Tudo posso Naquele que me fortalece”. Ao falar sobre “A MEDIDA DO SUCESSO”, Veiga faz uso da homonímia quando rima a palavra vendas com ela mesma, porém com significados diferentes: “O Sucesso de um livro/ não deve ser medido/pelo seu número de vendas/ mas pelo número de vendas/ que ele tira quando é lido”. Aliás, o leitor encontrará outras homonímias no livro.
Graduado em Letras, o poeta sabe utilizar os recursos e limites da linguagem. Brinca com as palavras. Nos entrega suas mensagens em poemas concisos - há poemas que têm somente um verso, por exemplo. Em outro momento diz explicitamente que não versa para agradar. Mas afirmo que o versar do poeta agrada. É um versar de quem sabe o que faz e a partir de seu lugar de fala nos transmite o seu recado.
Em seus versos nos explicita sua preocupação com o outro, com o bem estar coletivo. O poema “AS LEIS DE NIRTO” mostra a preocupação de um sujeito em sobreviver através do instinto, já que lhe é negado o conhecimento e a cidadania. “QUANTO VALE A VIDA?” expõe o desastre de Mariana e Brumadinho, onde ficou evidente que a vida vale pouco diante do lucro, diante do capital. Mas para o poeta a vida é o que vale e deixa claro isso neste e em outros poemas. O poeta Igor Veiga nos avisa que é preciso ler a vida, nos mostra o essencial dela e o que é essencial, às vezes, fica esquecido na realidade bruta em que sobrevivemos. No poema “MECanizado” a problemática que vem à tona é a alienação. Emerge da fala do poeta que a vida pode ser plena e completa para todos. Não somente sobrevivência, mas vida com conhecimento, dignidade, plena cidadania e não uma vida de negação de direitos à maioria da população. Vida em essência e não de aparência e falsidades.
Embora verse sobre questões espinhosas, o livro é muito bem escrito e agradável de ler. Redigido com ritmo de escrita que facilita a leitura, o poeta nos brinda com um belo trabalho. Cada poema oferta uma reflexão para o leitor. Boa leitura.
Paulo Roberto de Jesus (Poeta, contista, cronista e professor de Filosofia)
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Ao abrir esse manual,
não espere um guia.
Aqui corre-se Perigor
de encontrar poesia!
Yassu Noguchi (Poeta, produtora, arte-educadora, slammaster do Haicai Combat e do Slam da Terceira Idade)
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