SINOPSE
POETAS PARTICIPANTES:
Alexandre Vogelsanger Hungria de Camargo
Alice Fátima Martins
Clarice Carneiro Mateus
Enézio de Deus Silva Júnior
Juliana Oliveira Nascimento
Luciano Augusto de Toledo Coelho
Luiz Eduardo Gunther
Luzia Carneiro Silva
Sandra Sette
Saulo Santos Tobias
Weliton Carvalho
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Não sou poeta,
não tenho esta
pretensão...
O poeta inventa
o mundo que quer...
Enquanto eu,
teimoso sonhador,
transformo o mundo
em palavras,
como forma de redenção!
Palavra de origem no idioma Latim, significa, originalmente, "entre reinados", ou seja, designava o intervalo existente entre a deposição ou morte de um monarca e a assunção do novo. No sentido figurado passou a definir o espaço de tempo compreendido entre dois fatos importantes, dois momentos marcantes da existência.
Este livro é um exercício de louca sobriedade! Busca transmitir usando associações de palavras, rimas e ideias. “Palavras, palavras, elas são tantas”... Lúdico e sério, sem deixar de não o ser! Enormes reflexões provocações em metáforas desveladas derrubando certezas, relativizando verdades e valores, inquietando a imaginação, instigando-nos... Este livro não é um porto seguro, mas, antes, um mar bravio testando a habilidade do comandante. Doma-me ou afundo-te! Não é um ponto de chegada, e nem sequer um caminho, porém, provocação sobre as possibilidades de caminhar (para onde ir, como ir e por que ir?). Desafia o senso comum e o senso científico, descontruindo para reconstruir-se!
Nada parece estar mais em seu lugar no mundo. Estamos entre “o que deixou de ser” e “o que ainda não é”, pois está esperando que nós o façamos ser. Este é o momento em que o individuo, enquanto microcosmo e representação da própria humanidade, sente-se órfão, entre a certeza do que já foi (ou pelo menos a ilusão da certeza) e a (des)esperança do que virá (tão dependente de nossas ações ou omissões)! Um momento em que cada indivíduo, e por consequência toda a sociedade, busca um norte, revê seus valores e conceitos, avalia a história do mundo, o caminhar da humanidade, e seu legado assustador, à qual chamamos de atualidade, contemporaneidade... Velhos inimigos renascendo das cinzas, sejam ideologias do ódio, sejam extintas doenças... Apocalipse criado por nossos atos... nós, cavaleiros do existir... O tempo se dobra, passado e presente são revisitados, temperados pelas novas interpretações do que é respeito, do que é liberdade, do que é igualdade, do que é a própria vida...
Buscamos caminhos, dentro e fora de nós mesmos, à procura de uma “tabua de salvação”, neste mar de (in)certezas líquidas, fluidas, como disse o Zygmunt Bauman.
Tempos cíclicos, onde caos e cosmos revezam no nosso imaginário, e como são tempos líquidos, formam redemoinhos, que nos sugam para baixo, rodando a esmo, com medo e até desespero... Tensão entre o ontem, o hoje e o amanhã... entre a tradição e a modernidade... entre a razão e a (con)paixão... tudo isto formando um caldo de cultura, rico e perigoso, explosivo, de onde florescerá uma nova realidade existencial, um novo amanhã, um novo pacto social, uma nova ordem mundial!
Heterogenia, intermitência, diversidade, pluralidade... matizes múltiplas formando um mosaico de “ser e ver” o mundo, onde precisamos encontrar a unidade na diversidade, alteridade e empatia para entender que o fato de sermos muitos, com muitas formas e jeitos, não nos faz efetivamente diferentes, porém, antes, mais fortes e ricos enquanto espécie e mundo. Biodiversidade existencial! Por que sermos um, se podemos ser vários? Um novo mundo onde a única verdade é não existirem verdades absolutas, e que o (co)existir sinérgico, onde o todo seja muito mais do que a soma das partes, seja um princípio norteador do caminhar... sempre em direção à dignidade sustentável para todos.
E neste redemoinho existencial, toda reflexão, em todos os segmentos do existir, são importantes: memória, amor, crítica social, religião... vida plena e abundante!
Boa sorte e boa leitura! Espero que ninguém saia incólume à estas poesias.
Um dia, sem notarmos,
viraremos humanos!
De repente entenderemos
que a nossa humanidade
só se revela
na humanidade do outro.
O outro é meu espelho,
a medida do que sou.
A partir do outro,
revelo-me...
constato-me!
Anthony Leahy.
Editor do Instituto Memória - Centro de Estudos da Contemporaneidade. Autor e pesquisador em Humanidades. Ex-diretor da Fundação Orlando Gomes – UFBA – Universidade Federal da Bahia. Ex-Coordenador da EMAB – Escola de Magistrados da Bahia/Tribunal de Justiça da Bahia. Ex-coordenador de Pós-Graduação da Universidade Gama Filho. Ex-coordenador nacional de Marketing da Rede Solidária - CNBB. Doutor Honoris Causa pela Câmara Brasileira de Cultura. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná. Membro da Academia de Cultura de Curitiba. Membro do conselho de cultura da ACP - Associação Comercial do Paraná. Conselheiro da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História. Cidadão Honorário de Curitiba. Moção Honrosa pela Assembleia Legislativa do Paraná. Medalha de Mérito Cultural pela Câmara Municipal de Curitiba. Comenda Bravos Cavaleiros de São Paulo. Medalha Simon Bolívar de Mérito Cultural e Colar Rui Barbosa de Realizador Cultural. Autor de 13 livros sobre Formação da Identidade Cultural de Curitiba e Palestrante sobre “Cultura e Identidade”, "Democratização/Socialização do Saber Científico", "Responsabilidade e Inclusão Social" e "Mercado Editorial". Já foi editor de diversas revistas de circulação nacional e já foi diretor em várias editoras nacionais.
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