SINOPSE
Acredito ser um contador de histórias. Estou longe de ser um escritor. Quando estou com um grupo de pessoas, não consigo aguentar e lá vai mais uma história; e daquela puxo outra, e mais outra... Tento não ser chato, mas os ouvintes pedem mais.
Nos grupos de pedaladas e caminhadas, dentro do transporte, seja de ônibus ou de van, logo me vejo contando alguma história, e não é raro alguém dizer: - Sergio, por que você não escreve um livro? Essas histórias normalmente são sobre os passeios e viagens que realizei de bicicleta, que hoje chamamos de cicloturismo. Às vezes surgem histórias da vida mesmo, e outras do meu trabalho. Quase sempre faço anotações, tipo diário, das viagens, e fui acumulando-as durante esse tempo. Foi assim que há alguns anos resolvi compilar os textos, no formato de livro, sem grandes pretensões. Assim, respondendo à pergunta acima, digo: - Já escrevi, só falta editar.
O tempo passou, e é por isso que as histórias presentes neste livro, é preciso dizer, possuem citações e críticas da época em que as vivenciei. Refletem o que senti ao conhecer lugares e pessoas. Os conceitos são meus, e eu mesmo mudei de opinião ao visitar novamente certos lugares. Alguns recantos nem existem mais.
Neste livro não vão encontrar muita coisa sobre a bicicleta. Parece estranho, não? Parece, mas procuro transmitir mais o que consigo extrair da bicicleta, seja como meio de transporte, esporte ou lazer, do que necessariamente a parte técnica, peças, acessórios e qualidade. Na infância montava, desmontava e até transformava as bicicletas, mas hoje apenas pedalo, e deixo essas tarefas para os especialistas. E não me atrevo, por falta de conhecimento, a falar das especificações técnicas. É claro que o básico todo cicloturista tem que saber. Não é raro estarmos em lugares ermos, sem qualquer assistência, e daí só resta a alternativa de pôr a mão na “massa”.
Nesta vida de ciclista precisei sempre contar com a compreensão e o apoio dos familiares. É certo também que tentei colocar meus filhos, Mário e Juliana, neste caminho. Consegui por um tempo, mas depois eles tiveram as preferências deles. Agora me deram lindas netas, a Júlia e a Valentina, do Mário e da Lizi, minha nora, e a Lorena, da Juliana e do Emílio, meu genro. Vou tentar com esta nova geração... Mas a Maria do Carmo, minha esposa, essa eu consegui, felizmente. Virou minha companheira nessas jornadas, às vezes até passando um pouco dos seus limites para aguentar a carga de certos trechos. Criou, também, cenas hilariantes em alguns passeios, e isso todos irão ver aqui.
Então, espero que gostem, e se gostarem e pedirem, eu conto mais.
Sergio Riekes
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