SINOPSE
Eduardo Pioli Alberti – A percepção da imagem
Conheci o amigo Eduardo Pioli Alberti no final dos anos 80, onde trabalhamos juntos em
um documentário sobre o artista plástico paranaense Theodoro De Bona. O filme – vencedor do
Premio Fiat 1991 – foi dirigido por mim e pelo mano Werner Schumann, cuja narração era do ator
José Wilker. Eduardo ficou responsável pela edição do trabalho. Após fazermos a captação de
mais de 20 horas de imagens na bela cidade de Morretes, levamos todo o material para que ele
realizasse a difícil tarefa de selecionar as imagens daquilo que, em sua opinião, seria o melhor
para fazermos um filme cujo produto final se resumia em 30 minutos de duração. Eduardo editou
o filme de forma surpreendente, extraindo com riqueza de detalhes, o que havia de mais belo nas
imagens, demonstrando seu talento na percepção de análise visual.
Com o passar dos anos o autor continuou trabalhando com imagens e nessa trajetória
realizou uma série de fotos onde fez um recorte pragmático – com um olhar muito pessoal – de
uma Curitiba moderna que ainda conserva traços bucólicos de uma cidade de outrora, e é neste
universo que Eduardo transita em seu primeiro livro “Curitiba Escrita com Luz”, onde interpreta e
traduz a cidade com todo o seu charme e elegância independente de suas condições climáticas,
pois como dizia Fernando Pessoa: “Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos
existem; cada um como é.”.
Willy Schuman - Jornalista, escritor e documentarista
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Cada um vê o mundo do seu jeito, a partir dos seus um mundo filtros existenciais, de seus paradigmas. Para uns, mais colorido,
para outros menos; para uns um mundo mais alegre, para outros nem tanto; para alguns preocupados com problemas sociais ele é urgente,
para outros, prefere focar em retratar situações inusitadas e divertidas...
Neste sentido criamos a COLEÇÃO ESCRITA COM LUZ onde cada fotógrafo traduzirá a nossa querida, contestada, invejada, criticada
Curitiba em fotos e fatos, a partir de sua subjetividade. Não é um livro para turista, embora encante. Cada leitor enxergará a sua Curitiba.
Toda fotografia representa o congelamento do tempo e do espaço e, portanto, da própria vida, enquanto instante. Fotografar é desenhar
utilizando a luz como pincel e a vida como tinta. A palavra fotografia vem da união de duas palavras gregas e significa “desenhar/
escrever com luz”. Cada fotógrafo impregna de subjetividade (Significado e Representação) as suas fotos, tornando-as únicas.
Para iniciar esta coleção, ninguém melhor do que o Eduardo Pioli Alberti, que insiste em deixar claro não ser fotógrafo profissional,
embora tenha apurada técnica, mas, que revela uma profunda sensibilidade e entusiasmo com as coisas da cidade. Foi a partir das fotos dele,
postadas quase que diariamente, que enxerguei novas possibilidades de interpretar e entender Curitiba, tendo a ideia de criar esta coleção.
Obrigado Eduardo.
Anthony Leahy - Editor
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