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DIREITO E AMBIENTE PARA UMA DEMOCRACIA SUSTENTÁVEL: Diálogos multidisciplinares entre Portugal e Brasil

Autor: Coordenação: ALEXANDRA ARAGÃO - GISELA MARIA BESTER - GLORIETE MARQUES ALVES HILÁRIO. Prefácio: VASCO PEREIRA DA SILVA
Páginas: 958 pgs.
Ano da Publicação: 2015
Editora: Instituto Memória
De: R$ 380,00 - por: R$ 350,00

SINOPSE

SUMÁRIO:

Capítulo 1 A ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR DO DIREITO AMBIENTAL DO TRABALHO COMO NOVO PARADIGMA DO ENSINO JURÍDICO: POR UM DIREITO DE PROTEÇÃO DA VIDA E PELO TRABALHO SAUDÁVEL 

Angela Issa Haonat

Murilo Braz Vieira

Capítulo 2 PACHAMAMA E A ÉTICA DO CUIDADO: UMA REFLEXÃO SOBRE DIREITO, AMBIENTE, DEMOCRACIA E SUSTENTABILIDADE A PARTIR DA CARTA DO CACIQUE SEATTLE AO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA E OUTROS SABERES INDÍGENAS.

Antonio José Guimarães Brito

Capítulo 3 DEMOCRACIA E RISCO AMBIENTAL: O EMBATE E A REAPROXIMAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES SOCIAL E AMBIENTAL

Camila Damasceno de Andrade

Luiz Henrique Urquhart Cademartori

Capítulo 4 DEMOCRACIA E SUSTENTABILIDADE. APROXIMAÇÕES POSSÍVEIS

Cecilia Pires

Capítulo 5 APONTAMENTOS SOBRE O TEMA DA DEMOCRACIA AMBIENTAL: AS CONTRIBUIÇÕES DOS ENFOQUES PROCEDIMENTAL E SUBSTANCIAL DA DEMOCRACIA

Daniela Mesquita Leutchuk de Cademartori

Sergio Urquhart Cademartori

Capítulo 6 A complexidade do dano ambiental e seus reflexos na responsabilidade civil e administrativa no Brasil: solidariedade e divisão democrática dos riscos e danos

Danielle de Andrade Moreira

Virgínia Totti Guimarães

Capítulo 7 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLAR DEMOCRÁTICA: UM CAMINHO PARA O ESTADO  DE DIREITO DO AMBIENTE

Domingos Benedetti Rodrigues

Capítulo 8 APONTAMENTOS REFERENCIAIS ACERCA DA CONFIGURAÇÃO DOS PARQUES AMBIENTAIS E DA SUA FILIAÇÃO ÉTICA

Fábio Corrêa Souza de Oliveira

Larissa Pinha de Oliveira

Capítulo 9 CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO EM PROL DA DEMOCRACIA E DO MEIO AMBIENTE

Fernanda Bianco de Lucena Costa

Capítulo 10 Crisis, democracia y decrecimiento

Francisco Garrido Peña

Capítulo 11 PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL À LUZ DA ORDEM CONSTITUCIONAL ECONÔMICA

Geni Natália Souza Amorim

Lívia Gaigher Bósio Campello

Capítulo 12 Sustentar a sustentabilidade: o direito e a promoção da participação em Portugal

Giovanni Allegretti

Lidiane Eluizete de Carvalho

Capítulo 13 DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS, SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO PARA A SINÉRGICA RELAÇÃO DO DIREITO E DO AMBIENTE EM PROL DA DEMOCRACIA SUBSTANCIAL-INTEGRAL

Gisela Maria Bester

Eliseu Raphael Venturi

Capítulo 14 ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS NO BRASIL: REFLEXÕES JURÍDICAS SOBRE MEIO AMBIENTE EQUILIBRADO, DEMOCRACIA, SUSTENTABILIDADE E SOCIEDADE DE RISCO

Gustavo Paschoal Teixeira de Castro Oliveira

Márcia Dieguez Leuzinger

Capítulo 15 Sustentabilidade e democracia: revisão da licença ambiental e gestão continuada do risco

Helena Telino Neves

Capítulo 16 DEMOCRACIA PARTICIPATIVA: DIREITO À CIDADE SUSTENTÁVEL E COM QUALIDADE DE VIDA

João Aparecido Bazolli

Capítulo 17 NARRATIVAS DIVERGENTES SOBRE A DEMOCRACIA NO CONFLITO SOCIAL PORTUGUÊS – O CASO DA PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA

Jonas Van Vossole

Irina Castro

Capítulo 18 DEMOCRACIA VERDE: CONEXÕES ENTRE O DIREITO AMBIENTAL E O DIREITO À PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA

José Péricles Pereira de Sousa

Capítulo 19 A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE DEMOCRACIAS QUASE EXCLUSIVAMENTE PROCEDIMENTAIS: PRINCÍPIOS PARA UMA DEMOCRACIA SUBSTANTIVAMENTE (MAIS) DENSA E (MAIS) SUSTENTÁVEL 

José Thomaz Mendes Filho

Capítulo 20 OS SISTEMAS PARTICIPATIVOS DE GARANTIA DE PRODUTOS ORGÂNICOS NO BRASIL E A RESSIGNIFICAÇÃO DA REGULAÇÃO ESTATAL PARA A DEMOCRACIA SUSTENTÁVEL

Katya Regina Isaguirre-Torres

Capítulo 21 RISCOS QUÍMICOS: INCERTEZAS, COMPLEXIDADE, DESIGUALDADES E SUSTENTABILIDADE

Lúcia de Oliveira Fernandes

João Arriscado Nunes

Marcelo Firpo de Souza Porto

Capítulo 22 RESOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO BRASIL: APONTAMENTOS PARA UMA EVOLUÇÃO NECESSÁRIA

Luciane Moessa de Souza

Capítulo 23 MOSAICOS DE ÁREAS PROTEGIDAS NA AMAZÔNIA LEGAL: GOVERNANÇA E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL INCLUSIVO DAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS E INDÍGENAS

Marco Anthony Steveson Villas Boas

Capítulo 24 A DISSOCIAÇÃO DO HOMEM COM A NATUREZA NO CONTEXTO CAPITALISTA: O RESGATE DE IDENTIDADE E DEMOCRACIA NO CONSTITUCIONALISMO LATINO-AMERICANO

Maria Cristina Vidotte Blanco Tárrega

Caroline Vargas Barbosa

Capítulo 25 TENDÊNCIAS NEOLIBERAIS NA MODERNIDADE A PARTIR DE UM RESGATE DA INEGOCIÁVEL QUESTÃO AMBIENTAL E DOS DILEMAS DA DEMOCRACIA: UMA POSSIBILIDADE DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL?

Nathalie de Paula Carvalho

Bleine Queiroz Caúla

Capítulo 26 BASTIDORES DE PRECAUÇÃO E SUSTENTABILIDADE NA PATENTABILIDADE DOS GENES HUMANOS – QUE SOCIEDADE DE RISCO?

Paula Cristina Cabral

Capítulo 27 Momentos da proteção ao meio ambiente na Cultura constitucional: A SUSTENTABILIDADE COMO DIMENSÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Raoni Bielschowsky

Capítulo 28 MIGRAÇÃO E RACISMO AMBIENTAL: UM OLHAR PARA A (IN)SUSTENTABILIDADE E PARA A (SUB)CIDADANIA

Raquel Fabiana Lopes Sparemberger

Capítulo 29 CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE NO CAMPO: O PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS E A JUSTIÇA SOCIAL

Renata Rodrigues de Castro Rocha

Carlos Antonio Alvares Soares Ribeiro

Capítulo 30 inter-relações e implicações entre Estado Democrático de Direito, Direito Ambiental e Sustentabilidade

Renata Silva do Prado

Gloriete Marques Alves Hilário

Cláudio Roberto dos Santos Kobayashi

Thiago Venâncio Noleto da Gama

Capítulo 31 POLÍTICA ECONÔMICA PARA O SETOR DE SERVIÇOS E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL: O DIREITO COMO PRESENÇA NECESSÁRIA

Ricardo Antonio Lucas Camargo

Capítulo 32 PROTECÇÃO AMBIENTAL E NORMAS SOCIAIS

Rute Saraiva

Capítulo 33 O DIREITO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA ABORDAGEM SEGUNDO A TEORIA DA JUSTIÇA DE AMARTYA SEN

Salete Oro Boff

Neuro José Zambam

Capítulo 34 BUEN VIVIR: PROJETO DE SUSTENTABILIDADE EXPRESSO NO CONSTITUCIONALISMO LATINO AMERICANO

Sérgio Ricardo Fernandes de Aquino

Capítulo 35 O PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA HÍDRICA E A PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA NA GOVERNANÇA DA ÁGUA: OS IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO SEMIÁRIDO E SUL DO BRASIL 

Simone Hegele Bolson

Capítulo 36 A CONVENÇÃO DE DIVERSIDADE BIOLÓGICA E A POLÍTICA BRASILEIRA DE BIODIVERSIDADE: CONSTRUÇÃO DE CAMINHOS PARA A SUSTENTABILIDADE

Suyene Monteiro da Rocha

Maria do Perpétuo Socorro Rodrigues Chaves

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"É para mim uma grande honra ter sido convidada a coorganizar e participar na construção de um edifício cujos tijolos básicos são as reflexões dos autores que quiseram associar-se a uma ideia, inspiradora e inspirada.

Se a introdução é a portaria ou hall de entrada, ela cumpre a função de convidar o leitor a entrar no edifício e em cada uma das salas que o integram. É edifício com mais de 900 metros, distribuídos por 36 salas, trabalhadas por 57 obreiros.

Com efeito, são 36 capítulos de uma leitura estimulante, que reflete bem o papel dos acadêmicos e cientistas sociais na compreensão do mundo e na construção de uma vida melhor. Tal como declarou a Unesco, a propósito do papel das Universidades no Século XXI, o ensino superior deve ajudar a identificar e abordar questões que afetam o bem-estar das comunidades, a pujança das nações e a qualidade de vida da sociedade global, induzindo mudanças e progresso social.

Pois a obra Direito e Ambiente para uma democracia sustentável contribui para esse mesmo objetivo, acolhendo reflexões sobre algumas das principais questões da actualidade: a questão ambiental, a questão energética, a questão indígena, a questão da participação cidadã, a questão da legitimidade democrática…

Sendo assim, a quem interessa este livro? Desde logo, a quem estuda os temas nucleares em torno dos quais gravita a obra: ambiente, democracia, sustentabilidade. Tudo desde uma perspectiva do Direito, sem dúvida, mas também da Ciência Política, da Sociologia, da Ética, da Economia, do Planejamento, da Administração, da História, da Psicologia, da Educação […].

Dentro da aparente diversidade de temas tratados ao longo dos 36 capítulos (do ensino do direito à privatização da água; dos direitos indígenas à patenteabilidade do genoma humano; dos riscos químicos aos direitos humanos) há, entre todos os autores, uma comunhão subjacente de preocupações e visões. Sinteticamente podemos afirmar que há duas ideias-força que perpassam transversalmente os textos:

 

  1. Perante a crise da democracia, a crise económica, a crise energética, a crise ambiental, a crise climática, a crise hidrológica, e tantas outras crises, existe um imperativo de mudança ao nível político, econômico, social, cultural e, claro, jurídico…
  2. A transformação necessária vai no sentido da redemocratização do sistema político, do reforço dos direitos e dos deveres de cidadania, da restauração da justiça social e da correção das desigualdades sociais, da ecologização da sociedade, da economia e do Estado. Numa palavra: a transformação vai no sentido da… sustentabilidade”.  (Da Introdução, a cargo da Profa. Dra. Alexandra Aragão).

Alexandra Aragão

Professora da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC). Mestre em Integração Europeia e Doutora em Direito Público. Investigadora do Instituto Jurídico, do Centro de Estudos de Direito do Ambiente, Urbanismo e Ambiente, do Centro de Estudos Sociais e do Centro de Estudos Interdisciplinares do Séc. XX, da Universidade de Coimbra. É ainda membro do Observatório Jurídico Europeu da Rede Natura 2000 e das Águas, trustee do grupo de especialistas de Direito Europeu do Ambiente Avosetta.org e membro do Advisory Board do European Environmental Law Forum. Coordenadora Executiva do Programa de Doutoramento em Direito, Justiça e Cidadania no Séc. XXI. Leciona nas áreas de Direito Europeu, Direito do Ambiente, Direito dos Resíduos, Direito da Conservação da Natureza, Direito dos Riscos, Direito das Substâncias Químicas e Direito da Segurança Alimentar. Participou em projectos de investigação e na elaboração de legislação sobre avaliação de impacto ambiental, ordenamento do território, águas e resíduos. As suas publicações versam especialmente temas de Direito Ambiental e Europeu.