SINOPSE
EPITÁFIO
(o livro dos vivos)
............... porque os mortos somos nós ..............
Osmarosman Aedo
! FAÇAM SUAS APOSTAS!
(antes que apostem você)
METAS...
São ruas não pavimentadas
Que sustentam jardins suspensos
Com intenções diversas,
E que desprezam desculpas;
DESEJOS...
São como promessas
Que carregam santos por eternidades,
Sem cumprir uma sequer,
Com direito a reclamar ainda,
Daquelas que se cumpriram sem sua ajuda;
CONQUISTAS...
São cédulas antigas (riquezas de história)
Cuja visão de avanço tecnológico,
Só surpreende o mercado livre
Que ainda consegue nos aprisionar,
Com suas nefastas promoções;
VONTADE...
É liberdade na expressão “EU QUERO”,
Qual, depois de traduzida, temos a certeza,
Que a sociedade tão dona de si
Encontra-se em cárcere privado;
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OSMAROSMAN AEDO... por Anthony Leahy
Apresento-lhes, em insuficientes palavras e ineficaz linguagem, um sujeito singular! Mesmo tendo um coração tão plural, sua concepção de mundo é única e exclusiva. Em uma palavra? TALENTO! Osmarosman Aedo é uma daquelas pessoas que irradia energia positiva e ilumina os ambientes mais sombrios. Ocupa o espaço disponível com seu jeito sui generis. Ao seu lado, não sobra espaço para tristeza, nostalgia e melancolia. Somente alegria e esperança contagiante. Faz brotar o nosso melhor, às vezes tão esquecido e abandonado!
Nem sempre o que ele fala ou faz é compreensível, mas este fato somente alimenta o seu lúdico mistério. Louco? Quem não o é? Ele, pelo menos, fez da loucura uma sábia e consciente opção. Natural ou personagem? Os dois! Se todos usamos máscaras sociais, que nos ajudam a adaptarmo-nos (e a sobreviver) aos diversos cenários e contextos do cotidiano em sociedade, o Osmarosman Aedo criou uma personagem que, na verdade, é a que melhor o traduz. Uma máscara que não esconde, mas, antes, e acima de tudo, desmascara, desvela e revela (a ele e aos outros a partir dele). Ele é muitos, sem deixar de ser apenas e tão somente um. Talvez um fractal, talvez furta-cor, talvez o inverso do oposto do inteligível. Quem sabe? Ele sabe? Alguém sabe? Alguém quer saber? Reverso do inverso do que nunca chegou a ser, ele é o oposto do que quer que pensem dele. Sua imprevisibilidade é totalmente previsível e até esperável. Assim é o poeta, assim são as poesias...
Podemos compará-lo com o vento, imprevisível, ou ao fogo, intenso, ou à água, misteriosa, ou à terra, dado à profundidade de suas raízes...
Sua personalidade parece-me fruto da evolução, adaptando-se reiteradamente em busca das adequações necessárias à sobrevivência em múltiplos contextos sociais. Por isto múltiplo e plural...
Baiano, Soteropolitano, sem abrir mão de ser cidadão do mundo. A Bahia lhe deu régua e compasso, pode, portanto, traçar seu caminho pelo mundo, com autonomia e identidade, sem perder o traço... É universal, pois a sua forma de ser e ver o mundo é um cantar permanente à sua aldeia, pois traduz toda a paixão e criatividade de um povo místico que se formou sob o chicote dos feitores e se miscigenou com todos quantos pode, tornando-se um exemplo para o mundo de respeito à alteridade e à diversidade. Ele próprio é um mosaico de influências e tendências culturais, comportamentais, existenciais...
Suas poesias, seus versos, seus textos, sua música refletem, justamente, esta riqueza de possibilidades e potencialidades. Fluem misteriosas como a água mística da lagoa do Abaeté (ou do Dique do Tororó), apaixona e assusta como o fogo, revela-se a cada nova palavra imprevisível como o vento, às vezes brisa, às vezes tornado, mas sempre gerando uma reflexão, uma provocação, enraizando-se fundo na terra do nosso existir. Ninguém, vivo, sairá incólume após ler este livro. Afinal, este é o Livro dos Vivos!
“.RECUSO-ME ACEITAR,
QUE DEPOIS DA PALAVRA,
VENHA O SILÊNCIO.”
Anthony Leahy
Editor do Instituto Memória
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná
Baiano, Cidadão Honorário de Curitiba (CuritiBaiano)
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APARTE
Gosto de abrir as páginas de um livro sem pensar em seguir sua numeração, é como se pudesse observar um mapa e imaginar que escolho um país para visitar, apenas ao tocá-lo com um dos dedos... Ao ler “Epitáfio” senti essa mágica sensação... Viagem...
E então, em cada página, viajando nos textos que o compõe, encontrei pinceladas de realidade, sonhos e sabedoria que inspiraram o escritor Osmarosman Aedo nos presentear com esta obra que, a começar pelo título, destaca-se, sugerindo leituras especiais e misteriosas. E dessa bem-vinda “conversa” entre escritor e leitor, houve uma linda cumplicidade, o que deu evasão ao surgimento e revezamento de ideias, reflexões e questionamentos sobre a Vida e sua brevidade.
“Epitáfio (o livro dos vivos)” singrou mares de palavras, e encontrou frases que e, em companhia do passado e do presente, desenhou emoções, transmutando-as em textos únicos que possuem vida própria, merecendo nossa atenção. Pois, ao ler e reler, nossos “países” internos são descobertos e, aos poucos, ideias e mensagens ao se organizarem, lembram um surreal quebra-cabeças. Assim, enquanto fecho o livro, e o fim de tarde se aproxima, ouço sons de sinos -de- vento que se misturam ao canto dos pássaros no jardim...
Van Zimerman
Escritora e Artista Plástica
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